Uma Viagem pelo Cinema Francês

 




Espaço Itaú Augusta promove curso sobre cinema francês


Uma viagem pelo cinema francês através de seus astros será ministrado pelo crítico Paulo Santos Lima em cinco aulas.

Uma Viagem pelo Cinema Francês



Conteúdo do curso contempla períodos da cinematografia francesa, que vão do cinema mudo ao contemporâneo.

O cinema da França possui uma forte marca no imaginário coletivo muito por conta de seus atores e atrizes. Alain Delon, Catherine Deneuve, Juliette Binoche, Gérard Depardieu e, mais recentemente, Marion Cotillard são nomes que sugerem estilos e filmes bem conhecidos da cinematografia francesa. Se o star system era o diferencial do cinema industrial de Hollywood, a França contou com uma singular fluidez de seus atores e atrizes entre propostas estéticas distintas, sendo possível encontrar um ator como Yves Montand na radicalidade do cinema de Jean-Luc Godard e também num filme mais convencional de René Clément.

Em cinco aulas, o curso UMA VIAGEM PELO CINEMA FRANCÊS ATRAVÉS DE SEUS ASTROS utilizará essa característica para falar mais detalhadamente sobre os artistas e também tratar da história do cinema francês desde o cinema silencioso até as tendências dos anos 2010, ou seja, falar de atrizes e atores, mas também de cineastas consagrados, de Jean Renoir a François Truffaut e Eric Rohmer. Além de uma introdução definindo contexto e escolas estéticas, cada aula apresentará uma biografia mais detalhada desses artistas e discutirá trechos de filmes.


AULA 1 – 17/08 (quarta):


MAX LINDER, MARIA FALCONETTI, DITA PARLO, FERNANDEL, MICHEL SIMON, MICHÈLLE MORGAN

Cinema mudo, vanguarda e Realismo Poético nos anos 1920 e 1930, o cinema de estúdio.

Uma breve introdução sobre o cinema da França: contexto, características e as diferenças da relação espectador-artista entre a França e o star system de Hollywood. A comédia em estado puro: Max Linder na era muda e Fernandel no cinema sonoro. As artes cênicas e o vaudeville como formadores dos artistas de cinema, de Falconetti (A Paixão de Joana D’Arc, de Carl Th. Dreyer) a MichèlleMorgan, diva que marca uma tradição francesa em atuar em filmes mais tradicionais e também mais modernos. Dita Parlo (O Atalante) e o desejo humano segundo o cinema de vanguarda. O corpo em evidência de Michel Simon, ator que condensa o naturalismo e a insinuação metafísica do realismo poético francês.


AULA 2 – 19/08 (sexta):


JEAN GABIN, SIMONE SIGNORET, YVES MONTAND, JEAN MARAIS, SERGE GAINSBOURG

O legado moderno do Realismo Poético e o convencional cinema de estúdio (o "cinema de qualidade" criticado pelos críticos da CahiersduCinéma) convivem no cinema francês dos anos 1950.

Jean Gabin, o maior astro da história do cinema francês que, entre os 1930 e 1970, trabalhou em obras mais ousadas de Renoir, Carné e Ophülse também em filmes mais convencionais de cineastas como Claude-Autant Lara e Jacques Deray. O poético e barroco Jean Marais, ator-fetiche de Jean Cocteau. Simone Signoret, entre o idílico mundo ideal e o brutal mundo real. Yves Montand, o refinamento da tradição palco-cinema. Serge Gainsbourg, outro músico, nos anos 1960 desconstruindo essa tradição.


AULA 3 – 24/08 (quarta):


JEANNE MOREAU, BRIGITTE BARDOT, CATHERINE DENEUVE, ANNA KARINA, ROMY SCHNEIDER

Os anos 1950 e os anos 1960 sob o olhar (e ação) da Nouvelle Vague – parte 1 (as mulheres).

Breve introdução sobre a Nouvelle Vague. Brigitte Bardot, grande símbolo dum novo cinema, mais físico e latente. Jeanne Moreau, a melhor atriz do cinema francês. Catherine Deneuve, a mais célebre diva do cinema francês. Anna Karina, musa de Godard e da Nouvelle Vague. Romy Schneider, um certo contraponto passadista à modernidade. E breves comentários sobre Emmanuelle Riva (Hiroshima MonAmour), Anouk Aimée (Um Homem, Uma Mulher), BernadetteLafont (Nas Garras do Vício) e DelphineSeyrig (O Ano Passado em Marienbad).


AULA 4 – 26/08 (sexta):


ALAIN DELON, JEAN-PAUL BELMONDO, JEAN-PIERRE LÉAUD, MICHEL PICCOLI, JEAN-LOUIS TRINTIGNANT

Os anos 1950 e os anos 1960 sob o olhar (e ação) da Nouvelle Vague – parte 2 (os homens).

Alain Delon, o galã que não ri: o personagem clássico em chave autorreflexiva e conceitual. Jean-Paul Belmondo, o galã que ri: o personagem clássico em chave autorreflexiva e descontruída (e irreverente). Jean-Pierre Léaud, grande símbolo da Nouvelle Vague e compreendido por todos, de Godard e Truffaut a Garrel e Rivette. Michel Piccoli e Jean-Louis Trintignant, dois atores da crise do indivíduo nos anos 60 e 70. Breves comentários sobre Lino Ventura, Maurice Ronet.


AULA 5 – 31/8 (quarta):


ISABELLE ADJANI, ISABELLE HUPPERT, GÉRARD DEPARDIEU, JULIETTE BINOCHE, SANDRINE BONAIRE, VINCENT CASSEL, MARION COTILLARD

Os anos 1970, o cinema pós-moderno dos anos 1980 e o cinema francês contemporâneo.

Breve introdução sobre as mudanças no cinema francês a partir dos anos 70 e o estabelecimento, a partir do final dos anos 90, um certo gênero "cinema de arte" e também um cinema-espetáculo à Hollywood. O gênio de Gérard Depardieu, um ator físico por excelência. Isabelle Adjani, ponte entre o cinema moderno dos anos 60 e uma "atuação de qualidade" estabelecida a partir dos anos 80. Juliette Binoche, a mais consagrada atriz francesa dos últimos 25 anos. Isabelle Huppert e SandrineBonaire, o melhor do cinema francês. A expressão da violência em Vincent Cassel, num cinema francês "tipicamente norte-americano". Marion Cotillard, a nova diva dos anos 2000. Breves comentários sobre Christopher Lambert, Jean Reno, Louis Garrel, Audrey Tatou e LéaSeydoux.


SOBRE O PROFESSOR


Paulo Santos Lima é crítico de cinema e jornalista. Redator da Revista Cinética,colaborador da Revista Monet, já escreveu para veículos como revista Bravo! e jornal Folha de S. Paulo.Formado em Jornalismo pela Fundação Cásper Libero e em História pela USP, além de cursar programa extracurricular em disciplinas de cinema na ECA-USP, ministrou cursos sobre John Cassavetes, Michael Cimino, Bruno Dumont, Werner Herzog, filmes de gângster (SESC) e sobre Martin Scorsese (Espaço Itaú de Cinema) e Brian De Palma (Caixa Cultural). Fez curadoria de mostras como "O cinema francês pós-Nouvelle Vague" e "Do curta ao longa - A criação autoral no cinema paulista da retomada", e em 2015 a curadoria, com Francis Vogner dos Reis, das mostras "EasyRiders - O Cinema da Nova Hollywood" e "Jerry Lewis - O Rei da Comédia" (Centro Cultural Banco do Brasil).


INFORMAÇÕES


Período de 17 a 31 de agosto de 2016
das 19h30 às 22h30 (quartas e sextas-feiras)

Carga horária - 15 horas em 5 encontros
Vagas - 30 (mínimo de 15 pessoas para a realização do curso)

Investimento:
Até 12/8- à vista R$ 320,00 ou 2 cheques de R$ 170,00
A partir 15/8 - à vista R$ 350,00 ou 2 cheques de R$ 190,00
Aula avulsa - R$100,00

Local - Espaço Itaú de Cinema – Anexo
Rua Augusta, 1470 – Cerqueira César – São Paulo

Inscrições – (11) 3266-5115, escola@cinespaco.com.br
Rua Antônio Carlos, 288 – 1º andar

Realização: