Filmes brasileiros para estudar nossa história



01 de Setembro de 2017


Em comemoração à Independência do Brasil.



Filmes não são apenas para entretenimento ou esquecer da vida pessoal, eles também podem ensinar muito.
Separamos uma lista com alguns filmes brasileiros em marco a nossa independência brasileira.
Confira abaixo:

"O Descobrimento do Brasil" (1936), de Humberto Mauro


O mineiro Humberto Mauro, considerado o inventor do videoclipe, com A Velha a Fiar (1964), contou o descobrimento com direito a trilha sonora do maestro Heitor Villa-Lobos. Adaptando a carta de Pero Vaz de Caminha e inspirado pelo quadro de Victor Meirelles, o filme representou o Brasil no Festival de Veneza.

"Os Inconfidentes" (1972), de Joaquim Pedro de Andrade


O primeiro grande papel de José Wilker nos cinemas foi como um dos grandes heróis brasileiros. No filme de Joaquim Pedro de Andrade, o ator vive Tiradentes, em uma resposta ao longa "Independência ou Morte", do mesmo ano, que exaltava o nacionalismo em plena ditadura militar. O cineasta, no entanto, precisou acrescentar uma propaganda a favor do governo para ser liberado pela censura, já que era uma grande crítica política.

"Xica da Silva" (1976), de Cacá Diegues


Mais um filme brasileiro que lutou contra a Ditadura Militar contando a história do país foi "Xica da Silva", estrelado por Zezé Motta e Walmor Chagas. Com a história da mulata, filha de escrava, que se tornou a mulher mais poderosa da região em que vivia, em Minas Gerais.  Passado no século XVIII, o filme mostra a escravidão no interior mineiro a partir de uma história real narrada pelo escritor João Felício dos Santos, também autor de livro sobre Carlota Joaquina.

"Mauá – O Imperador e o Rei" (1999), de Sérgio Rezende


Autor de diversos filmes históricos, Sérgio Rezende dedicou um somente para o gaúcho Irineu Evangelista de Souza, considerado o primeiro grande empresário brasileiro. Com Paulo Betti no papel principal, o filme mostra a transição do Brasil rural para um país urbano e industrial, e como homens como Irineu, o Barão de Mauá, encontrava diversos inimigos por defender uma política moderna. Fato não muito diferente do que vemos no Brasil atual, em que a bancada ruralista na câmara ainda tem grande força.

"O Tempo e o Vento" (2013), de Jayme Monjardim


Jayme Monjardim, que já havia retratado a vida da militante comunista Olga Benário, adaptou para o cinema a obra de Érico Veríssimo, que conta a disputa entre as famílias Terra Cambará e Amaral durante 150 anos. Se a trama contada é ficção, todo o contexto histórico mostra ao espectador uma parte importante da história do país. Temas como a Guerra Cisplatina ou a Revolução Farroupilha estão presentes enquanto o público acompanha as desventuras do Capitão Rodrigo Cambará, vivido por Thiago Lacerda.

"Memórias do Cárcere" (1984), de Nelson Pereira dos Santos


O período do Estado Novo, regime de Getúlio Vargas, é contado no filme de Nelson Pereira dos Santos pela figura de um dos maiores escritores brasileiros. Graciliano Ramos , interpretado por Carlos Vereza, nunca concluiu o livro Memórias de um Cárcere, que mesmo assim se tornou um importante relato contra a opressão da época. A história mostra o período em que o escritor ficou preso por sua relação com o Partido Comunista Brasileiro.

"O Que É Isso, Companheiro?" (1997), de Bruno Barreto


Um dos momentos mais narrados pelo cinema brasileiro é o da Ditadura Militar ocorrida entre 1965 e 1985. Dentre as inúmeras obras sobre o período, um dos destaques é O Que É Isso, Companheiro?, adaptado do livro de mesmo nome de Fernando Gabeira. O longa conta o episódio em que um grupo de guerrilheiros, dentre eles o deputado, sequestraram o embaixador dos EUA, Charles Burke Elbrick. O ato pedia a libertação de outros guerrilheiros, como José Dirceu.

"Depois da Chuva" (2014), de Claudio Marques e Marília Hughes


O filme baiano Depois da Chuva, de Cláudio Marques e Marília Hughes, retrata o período das Diretas Já, sob o ponto de vista de um jovem anarquista de 16 anos. Com um elenco pouco conhecido, o filme traz um ponto de vista pouco explorado sobre o movimento de 1984. Em vez da tradicional disputa entre aqueles que defendiam o voto direto e os militares, o filme explora quem não acredita em mudança, já que um personagem marcante da ditadura, Sarney, se mantém no governo.

"Carlota Joaquina, Princesa do Brasil" (1995), de Carla Camurati



A morte do rei de Portugal D. José I de Bragança, em 1777, e a declaração de insanidade da rainha Dona Maria I, em 1792, levam seu filho, o então príncipe D. João de Bragança e sua esposa, a infanta espanhola Carlota Joaquina de Bourbon, ao trono real português. Em 1807, para escapar das tropas napoleônicas que invadiam Portugal, o casal e a corte transferem-se às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real e grande parte da nobreza portuguesa vive exilada por 13 anos. Na colônia aumentam os desentendimentos entre a arrogante Carlota Joaquina e o intelectualmente limitadíssimo D. João VI, que após a morte da mãe, deixa de ser príncipe-regente e torna-se rei de Portugal e, posteriormente, rei do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves.